sábado, 26 de dezembro de 2009

Programa Canal Saúde da TV Meio Norte na véspera de Natal - triste



Na véspera de natal, antes de sair de casa para comemorar a data, fiquei um pouco em frente a TV para passar o tempo. Mal sabia eu que iria me divertir tanto ao parar na Meio Norte onde estava passando o programa local Canal Sáude. Eu não sei como é o programa, pois nunca tinha-o assistido e, sequer, ouvido falar, mas, naquela ocasição, o programa cobria as festas de confraternização das várias clínicas e hospitais particulares de Teresina.
O impressionante é que não consegui mais me desligar do programa por causa da performance "magnífica" da apresentadora e "jornalista" Karla Berger. Ora, falar de mediocridade na TV Meio Norte é chover no molhado, mas a citada apresentadora me surpreendeu. Foram dezenas de festas de confraternização e, por conseguinte, dezenas e dezenas de entrevistas com as perguntas mais insípidas possíveis, jargões ultrapassados e, o indefectível, "fechar-o-ano-com-chave-de-ouro". Caramba, perdi a conta de quantas vezes ela usou este termo deveras moderno. Ao final de cada entrevista eu me perguntava: "será que ela usará o termo de novo?". E não é que ela o repetia. Parecia que Karla Berger estava ligada no piloto automático, não tinha criatividade, não tinha improviso, só perguntas ensaiadas, sem esquecer jamais o "fechar-o-ano-com-chave-de-ouro".
O programa serviu para corroborar, também, com uma tese que venho desenvolvendo a certo tempo sobre a TV piauiense, um padrão nas respostas dos entrevistados, praticamente todos começam a responder uma pergunta, qualquer pergunta que seja, com o famigerado "concerteza", assim mesmo, tudo junto, uma palavra só. Colocar o "concerteza" no inicio de uma resposta é quase tão vital quanto respirar. Se alguém que participou do programa, por uma manobra do destino ler este post, em sua próxima entrevista troque o "concerteza" por: "Sem dúvida"; "não tenha dúvida"; "é indubitável"; "certamente"; e por ai vai, opções é que não faltam. A mediocridade das respostas dos donos e funcionários de clínicas e hospitais particulares de Teresina saltava os olhos.
Pelo menos, no quesito, mediocridade, a apresentadora Karla Berger, "concerteza", não estava sozinha.

3 comentários:

  1. kkkkkk, só de ler já ri, imagine só se estivesse assistindo...

    É triste saber o quão "informativa" é a TV brasileira.

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  2. Olá caro amigo Edu Ribeiro, "sem dúvidas" não deixo de concordar com grande parte do que você disse. Sou funcionário de uma empresa que vende planos de saúde unimed, autorizada pela Unimed teresina, existem 4 empresas aptas e autorizadas a realizar esse serviço, sou gerente de marketing de uma delas e fui um dos entrevistados no citado programa e como disse por uma manobra do destino me deparei com seu post. Os programas são gravados ao vivo, mas o que você assistiu foi apenas uma reprise, realmente a maioria das perguntas e respostas são ensaiadas, o que não foi diferente no meu caso, exceto pela fidelidade a minha opinião e minha resposta totalmente fora dos padrões ao que me propuseram, não é a tóa que cortaram minha entrevista. Claro, não é novidade, na maioria das vezes o sistema televiso trabalha para promover quem paga mais, tornando-se tão manipulado e mediocre.

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